30 janeiro, 2013


O relógio digital sobre o criado-mudo marcava 03:45 da manhã, mas ela ainda não havia dormido nada. Abraçou os joelhos e absorveu o som da chuva que caia ferozmente sobre o telhado. Se sentia cansada e deprimida, como se não suportasse ser ela mesma. Não sabia porquê se sentia dessa forma, mas pensar num porquê só a deixava pior.
Ela pegou o celular e colocou os fones no último volume, procurando abafar seus próprios pensamentos. (...)

Valéria Mares

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