27 abril, 2012
Sinceramente o que não entendo é essa banalização de sentimentos, ficar com vários e não sentir nada por ninguém, a sociedade que me desculpe, mas se dou uma chance a alguém é porque essa pessoa significa algo pra mim, podem me chamar de boba, mas eu ainda respeito e valorizo os meus sentimentos e o das outras pessoas. Valorize-se também!
Carência não é sinônimo de desvalorização!
Carência não é sinônimo de desvalorização!
26 abril, 2012
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não deveria ...
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem outra vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha pra fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o Jornal no ônibus porque não pode perder o tempo de viagem. A comer sanduíches porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz aceita ler todo dia, de guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios, a ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. E a lutar por ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável, à contaminação da água do mar, à lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galos na madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta do pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só o pé e sua o resto do corpo.. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que de tanto acostumar, se perde de si mesma.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem outra vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha pra fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o Jornal no ônibus porque não pode perder o tempo de viagem. A comer sanduíches porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz aceita ler todo dia, de guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios, a ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. E a lutar por ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável, à contaminação da água do mar, à lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galos na madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta do pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só o pé e sua o resto do corpo.. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que de tanto acostumar, se perde de si mesma.
25 abril, 2012
19 abril, 2012
18 abril, 2012
“A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (…) Receio que não possa me explicar Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema: Posso explicar uma porção de coisas… Mas não posso explicar a mim mesma.”
Alice no País das Maravilhas
♪.. ♪.. ♪
Não há religião que poderia me salvar
Não importa quanto tempo meus joelhos estão no chão
Então, tenha em mente todos os sacrifícios que estou fazendo
Para manter você ao meu lado
E evitar que você saia pela porta
Porque não haverá luz do sol
Se eu te perder, baby,
Não haverá céu claro
Se eu te perder, baby,
Que nem as nuvens, meus olhos farão o mesmo
Se você for embora
Todo dia, irá chover, chover, chover
[...]
Não importa quanto tempo meus joelhos estão no chão
Então, tenha em mente todos os sacrifícios que estou fazendo
Para manter você ao meu lado
E evitar que você saia pela porta
Porque não haverá luz do sol
Se eu te perder, baby,
Não haverá céu claro
Se eu te perder, baby,
Que nem as nuvens, meus olhos farão o mesmo
Se você for embora
Todo dia, irá chover, chover, chover
[...]
Bruno Mars - It Will Rain ♪
A gente vive buscando garantias. Queremos que dê certo, queremos fazer dar certo, lutamos para colocar tudo nos trilhos, nos eixos. Mas a vida segue seu ritmo. Os sentimentos têm seus próprios passos de dança. E de vez em quando somos obrigadas a ensaiar um novo passo. Nem sempre dura. Nem sempre é eterno. Nem sempre é como um sonho bom. E precisamos lidar com isso. Nem que seja na marra. Nem que tenha que engolir o choro e de vez em quando forçar um ou outro sorriso. Nem que a gente tenha que fingir que está tudo bem
Saudade de quem foi e não me avisou; de quem foi e ainda ficou; saudade de quem era e agora mudou. Saudade de quem não vejo; saudade de quem não volta; saudade de quem não lembra mais de mim. Saudade de quem eu vejo, de quem ainda falo e mais ainda de um abraço. Saudade de quem não me despedi, dos que me despedi direito e até dos que me despedi o suficiente. Saudade dos que nunca deveriam ter ido, mas foram porque era preciso. Saudades suas, saudades do tempo de não sentir saudade […]
Sei lá, só deu vontade de dormir por um dia inteiro. Assim eu evitaria decepções, evitaria me magoar como estou me magoando todos os dias. Não é vontade de morrer, é uma vontade de ficar longe de todo mundo, de tudo o que está me deixando pra baixo. É uma vontade de ir pra um lugar sem rumo, um lugar onde eu iria me sentir bem
Quando já não tinha espaço, pequena fui onde a vida me cabia apertada
Em um canto qualquer, acomodei minha dança, os meu traços de chuva
E o que é estar em paz pra ser minha e assim ser tua...
Quando já não procurava mais pude enfim nos olhos teus, vestidos d'água,
.Me atirar tranquila daqui lavar os degraus, os sonhos, as calçadas
Nada do que fui me veste agora sou toda gota, que escorre livre pelo rosto
E só sossega quando encontra tua boca e, mesmo que eu te me perca,
Nunca mais serei aquela que se fez seca vendo a vida passar pela janela
17 abril, 2012
De tudo ficaram três coisas…
A certeza de que estamos começando…
A certeza de que é preciso continuar…
A certeza de que podemos ser interrompidos
antes de terminar…
Façamos da interrupção um caminho novo…
Da queda, um passo de dança…
Do medo, uma escada…
Do sonho, uma ponte…
Da procura, um encontro!
Fernando Sabino
É tudo seu
Ainda tenho tantas coisas pra te dizer, e saber. Você que sempre me ganha, antes de me perder... Me faz ver. Em cada melodia e letra que eu vou escrever, tem você. Sua boca me leva aonde vou me perder. Mesmo se não for pra sempre, volto pra te buscar. Mesmo que eu siga em frente, um dia vou te levar... Mas não vá! Ainda é tudo seu aqui, é tudo seu. As horas vivem com pressa, eu ando devagar. Segredos moram comigo, eu gosto de contar, pro céu. A vida inteira é muito pouco só pra começar... Desvendar. E quando os olhos se esquentam, eu perco a direção e a razão. Mesmo se não for pra sempre, volto pra te buscar. Mesmo que eu siga em frente, um dia vou te levar... Mas não, não, não, não vá... Ainda é tudo seu aqui, é tudo seu.
(e sempre vai ser)
Ainda tenho tantas coisas pra te dizer, e saber. Você que sempre me ganha, antes de me perder... Me faz ver. Em cada melodia e letra que eu vou escrever, tem você. Sua boca me leva aonde vou me perder. Mesmo se não for pra sempre, volto pra te buscar. Mesmo que eu siga em frente, um dia vou te levar... Mas não vá! Ainda é tudo seu aqui, é tudo seu. As horas vivem com pressa, eu ando devagar. Segredos moram comigo, eu gosto de contar, pro céu. A vida inteira é muito pouco só pra começar... Desvendar. E quando os olhos se esquentam, eu perco a direção e a razão. Mesmo se não for pra sempre, volto pra te buscar. Mesmo que eu siga em frente, um dia vou te levar... Mas não, não, não, não vá... Ainda é tudo seu aqui, é tudo seu.
(e sempre vai ser)
Quem gosta de você vai te tratar bem. Quem gosta de você se importa, quer o melhor, te procura, te liga, te dá satisfação. Quem gosta quer estar junto, demonstra, faz planos e apresenta para a família e amigos. Quem gosta manda uma mensagem bobinha só pra dizer que ama. Quem gosta carrega uma foto sua dentro da carteira pra ver quando dá saudade. Te abraça na hora de dormir. Quem gosta dá um beijo de boa noite e de bom dia. Quem gosta aguenta suas reclamações, seu stress infernal, suas manhas e manias. Quem gosta dá certeza do que sente, te olha com sinceridade. Quem gosta não faz joguinho nem te deixa pela metade. Quem gosta quer te deixar seguro !
15 abril, 2012
"Fofoca. Dor de dente. Dor de cotovelo. Gente sem noção. Mensagens-cabeça no msn. (Odeio e, por isso, exclui o meu). Telemarketing. Telefone. Gente que não tem nada a ver com a história. Imposto de renda. Falta de dinheiro. Falta de saúde. Falta de jeito. Falta de noção. Falta de pontualidade. Falta de atitude. Falta de humor! Ficar gripada no feriado. Minha impressora. Cólica. Jiló. A síndica do prédio. Gente pessimista. Engordar. Tédio. A violência no mundo. Gente que fala “é nuix”. Homem mudo por opção. Homem hetero que usa mais cremes que eu. Essa mania das pessoas falarem: já casou? Mulher que não tem personalidade, te imita em tudo e finge que é original. Frases sem créditos ao autor. Fotos sem crédito ao fotógrafo. Falta de respeito aos artistas. Falta de incentivo aos artistas que realmente precisam. Espinha (de qualquer tamanho, em qualquer lugar). Pinça ruim que não pinça nada. Piriguete que curte TUDO que seu namorado posta no facebook. Homem que faz luz no cabelo. Shampoo Dove. Segunda-feira. Gente que se faz de vítima. Bipolares não diagnosticados (e, consequentemente, não tratados). Caneta estourar dentro da bolsa. Jornal Nacional. Música ruim. Sapato que arranca o esmalte do dedão. Gente que acha que é muito amiga. Transporte público em Belo Horizonte. Pessoas com perfume forte que te abraçam e te impregnam com o cheiro. Escritoras famosinhas que te criticam e depois escrevem o mesmo que você (ser pessimista no amor é ultrapassado, meu bem!). Quebrar a unha. A faxineira te mandar SMS avisando que só volta daqui a duas semanas. Lavar louça. Ir à praia e se preocupar com o filtro–solar toda hora (da última vez eu fiquei com um vermelho em formato de coração no joelho). Ressaca. Fazer dieta. Políticos corruptos. Sentir ciúmes. Ficar sem tempo pra não fazer nada. Gente que só te pede favor (puta merda, caralho! Parem de pedir!). Gente que fala palavrão demais. Pseudo-intelectuais. Gente com visual muito moderno (tenho aflição e fico confusa). Homens com calça skinny que não sejam magrelos e não pertençam aos Strokes. Heteros mais sensíveis que eu (vocês estão de sacanagem, né)? Gente com mania de grandeza (“ tenho um carro tal, relógio tal, caneta tal”… FODA-SE, vai escrever com Bic, seu deslumbrado!). Pessoas que maltratam garçons e vendedores de lojas (me identifico com ambos. E sofro). Ex-namoradas do seu atual que nunca tiveram TPM (morram, vocês não são humanas!). Gente que tira foto SÓ pra postar no facebook e fingir que é feliz. Suco de caju (não posso esquecer disso nunca, é minha criptonita!). Viajar de ônibus com alguém do seu lado que come mexerica (ou queijo coalho). Filmes dublados (sempre com a voz da família Dinossauro – socorro!). Ficar no vácuo no What´s up. Dizer “te adoro” e ouvir: “OK”. E, o pior de tudo: descobrir que essa lista ainda nem começou…"
Me ame '
Me ame um dia de cada vez… Não precisa me juraramor eterno, me ame aos poucos,me ame a cada novo dia…Me ame enquanto eu te fizer feliz!
13 abril, 2012
Só que muitas vezes eu preciso de cuidado e atenção e não sei pedir. Sei lá, acho que a pessoa tem que se dar conta. Não dá pra querer que o outro perceba o que você quer ou precisa, sei disso. Mas prefiro não falar nem pedir, por isso simplesmente deixo. Então, vejo que a pessoa não se deu conta e isso me emputece. Errado? Sim. Mas não acerto sempre, nem quase sempre, nem nunca. Eu vivo errando, afinal, a gente tá aqui pra isso, não é? Para errar, fazer certo, buscar o que nem sabemos direito.
Eu preciso me cuidar para não assustar você e quando você pergunta como estou, mordo devagar uma das maçãs que você me traz e cuido meus olhos para não me traírem e não te assustarem e não ficarem querendo entrar demais no de dentro dos teus olhos, então eu cuido devagar tudo que digo e todo movimento, porque eu quero que você venha outras vezes e eles dizem que se eu me mostrar como realmente sou você vai ficar apavorado e nunca mais vai aparecer nem telefonar — eu não aguento mais não me mostrar como sou.
09 abril, 2012
Não sei o que me tornei hoje, talvez esteja um pouco fria, talvez apenas magoada, não sei. Só sinto que não sou a mesma depois de tudo que aconteceu, parece que outra pessoa nasceu dentro de mim e aos poucos esta se mostrando, a cada nova decepção ela aparece mais. Pra falar a verdade, estou gostando desse lado. Dificilmente se machuca com as coisas, ou apenas finge não se machucar, não dá pra definir ainda. Só sei que aos poucos vou me tornando outra pessoa. Escolha própria? Não. Consequência mesmo
08 abril, 2012
Jabor '
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam. Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro? E não temos essa coisa completa.
Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível.
Tudo junto, não vamos encontrar.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível.
Tudo junto, não vamos encontrar.
Arnaldo Jabor
07 abril, 2012
Drummond
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.
Então, não perca seu tempo comigo. Eu não sou um corpo que você achou na noite. Eu não sou uma boca que precisa ser beijada por outra qualquer. Eu não preciso do seu dinheiro. Muito menos do seu carro. Mas, talvez, eu precise dos seus braços fortes. Das suas mãos quentes. Do seu colo pra eu me deitar. Do seu conselho quando meu lado menino não souber o que fazer do meu futuro. Eu não vou te pedir nada. Não vou te cobrar aquilo que você não pode me dar. Mas uma coisa, eu exijo. Quando estiver comigo, seja todo você. Corpo e alma. Às vezes, mais alma. Às vezes, mais corpo. Mas, por favor, não me apareça pela metade. Não me venha com falsas promessas. Eu não me iludo com presentes caros. Não, eu não estou à venda. Eu não quero saber onde você mora. Desde que você saiba o caminho da minha casa. Eu não quero saber quanto você ganha. Quero saber se ganha o dia quando está comigo.
06 abril, 2012
❝
Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos. Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim do companheirismo vivido. Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe nos e-mails trocados. Podemos nos telefonar , conversar algumas bobagens. Aí os dias vão passar meses, anos, até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo. Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E isso vai doer tanto! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente. Quando o nosso grupo estiver incompleto nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos.
A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente. Quando o nosso grupo estiver incompleto nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos.
Acho tão bonito casais que duram. Não importa o tempo, o que vale é a intensidade. Querer estar junto vale muito mais do que estar junto há 20 e tantos anos só por comodidade. Sei que estou falando obviedades, mas hoje vi um casal de velhinhos na rua. Acho que o amor, quando é amor, tem lá suas dores bonitas. A gente vê uma cena e o coração fica emocionado. Nos dias de hoje, com tanta tecnologia, com tanta correria, com tanta falta de tempo, com tanto olho no próprio umbigo e nos próprios problemas, com tanta disputa pelo poder, pelo dinheiro, por ter mais e mais, sei lá, acho bonito ver um casal de velhinhos na rua. A mão, enrugadinha, segura a outra mão. A outra mão, por sua vez, segura uma bengala. Falta equilíbrio, sobra experiência. Falta a juventudade, sobra história para contar. Falta uma pele lisa, sobram marcas de expressão que contam segredos. Envelhecer não é feio. Em tempos de botox, a gente devia olhar um pouco para dentro. De si. Do outro. Do amor.
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